65 anos de ”’Round About Midnight”: Um dos trabalhos mais líricos e melancólicos de Miles Davis.

Eu confesso que tenho enorme dificuldade em dizer qual disco de Miles Davis mais me emociona, mas de uma coisa eu sei, ”Round About Midnight” é um forte candidato a esse posto e hoje celebramos os íncríveis 65 anos de um trabalho monumental! Vamos falar um pouco sobre ele!

Lançado em 1957, o disco é o sucessor do esquecido ”Collector’s Items” de 1956. E neste ano de 1957 Miles se viu muito inspirado e lançou 5 discos no total, embalando uma grande segunda metade da década de 50 dentro de sua discografia.

Falando um pouco sobre a musicalidade do disco, Miles apostou em algo na direção do Cool Jazz, mais cadenciado com pequenos momentos de agitação. Eu acho sensacional os climas que Miles Davis cria no decorrer do disco, a perfeita escolha na ordem das faixas, a gente parece estar apreciando um bom filme de drama com suspenses, expectativas alcançadas e muita emoção, essa é uma fração das sensações que eu tenho ao ouvir essa belezinha de disco!

As minha duas faixas favoritas desse disco são a faixa título ”Round About Midnight” e ”Bye Bye Blackbird”, não por um acaso, as composições desse disco possuem a parceria entre Miles e John Coltrane que sempre quando se juntam, algo mágico acontece e aqui não foi diferente. Eu sinceramente não consigo imaginar outros músicos fazendo tais interpretações.

”Round About Midnight” é mais do que um disco, é um estado de espírito. Desde a sua capa até a última nota do lado B ele nos inspira, ele nos abraça. Eu também acho incrível como sua sonoridade soa atual, a gente consegue comprar a ideia de sua música muito facilmente, mesmo tendo sido lançado há 65 anos. É um enorme prazer falar um pouco sobre um dos discos da minha vida aqui para vocês e prestar essa grande homenagem! Até a próxima, amigos!

Autor: Neto Rocha

26 anos, e grande entusiasta de uma das coisas mais poderosas inventadas pelo homem, a música.

6 pensamentos

  1. boa noite colega eu tambem aprecio jazz a mais de tres déc. que coisa DIVINA é ouvir esse genero que se atualiza em si proprio. algo tão sublime assim só pode mesmo ser criado por DEUS.

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